No entanto, cada cidade tem seu próprio manual. Nilton lembra que chegou a ser insultado por um japonês porque havia usado um tipo de saco plástico diferente do permitido na região para a qual tinha acabado de se mudar.

“E como saber, se ninguém fala? Foi por isso que depois me dispus a preparar um manualzinho em português para ajudar outros brasileiros da minha cidade.”

Barulho é outro tema de desavenças, por isso as regras relacionadas a isso costumam fazer parte dos “guias de convivência” produzidos em vários idiomas e distribuídos por prefeituras de cidades com concentração de estrangeiros.

“Conforme o tipo de construção, as paredes são tão finas que deixam vazar até o barulho dos passos, invadindo o espaço alheio”, conta Kazue Matsushita.

“A cultura japonesa é peculiar, então só entendendo para não ter problemas. Ou fazendo tudo conforme os manuais.”