Israel lembra vítimas e Netanyahu reforça compromisso de resgatar reféns
Em uma data marcada por dor e lembrança, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reafirmou nesta segunda-feira (7/10) seu compromisso de trazer de volta todos os reféns israelenses mantidos pelo grupo Hamas na Faixa de Gaza. A declaração foi dada durante vigílias e cerimônias que ocorreram em várias partes do país, exatamente um ano após os ataques devastadores do grupo terrorista contra Israel.
Netanyahu pediu à população que se lembre tanto das vidas perdidas quanto daqueles que ainda permanecem em cativeiro, destacando o sofrimento de toda a nação. “Neste dia, neste lugar, e em muitos lugares em nosso país, lembramos nossos mortos, nossos reféns, que somos obrigados a trazer de volta, e nossos heróis que caíram em defesa da Pátria e da nação. Passamos por um terrível massacre há um ano”, afirmou o primeiro-ministro.
A declaração de Netanyahu ocorreu pouco após o Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas anunciar a morte de Idan Shtivi, de 28 anos, um dos reféns capturados pelo grupo terrorista Hamas durante o festival de música Supernova, um ano atrás. Seu corpo está em posse do grupo. Estima-se que cerca de 97 pessoas ainda estejam detidas na Faixa de Gaza, incluindo 34 que já morreram durante o cativeiro.
A recusa de Netanyahu em aceitar um acordo de cessar-fogo continua sendo alvo de críticas, principalmente pela alegação de que o governo pretende manter o controle militar de Israel sobre o corredor Filadélfia, que separa Gaza do Egito, e o corredor Netzarim, localizado no centro de Gaza. Essa presença militar israelense tem gerado preocupações no Egito, que teme pela estabilidade do tratado de paz entre os dois países. O Hamas, por sua vez, exige a retirada total das forças israelenses da Faixa de Gaza como condição para uma negociação mais ampla.
O conflito, que teve início em 7 de outubro de 2023, quando terroristas do Hamas lançou uma ofensiva durante uma festa rave, resultou em um dos ataques mais mortais da história de Israel. No primeiro dia, 251 cidadãos israelenses foram sequestrados e mais de 1,2 mil pessoas perderam a vida, incluindo 46 cidadãos americanos e alguns brasileiros. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez uma declaração nesta segunda-feira (7/10), referindo-se ao ataque como o “dia mais mortal para o povo judeu desde o Holocausto”.
Biden lamentou as vidas perdidas e os atos brutais cometidos pelos terroristas do Hamas, incluindo violência sexual. Ele destacou a resiliência dos sobreviventes, que continuam carregando as cicatrizes físicas e emocionais do ataque. “Um ano para os sobreviventes carregando feridas, visíveis e não visíveis, que nunca mais serão os mesmos. E um ano de uma guerra devastadora”, declarou o presidente americano. Ele também reforçou que os Estados Unidos continuarão buscando um acordo de cessar-fogo em Gaza que possibilite o retorno dos reféns para suas casas. Enquanto isso, o Brasil segue contrário a Israel e defendendo o indefensável.
O cenário de violência não mostra sinais de arrefecimento. Nesta segunda-feira, os grupos extremistas Hamas e Hezbollah intensificaram os ataques contra Israel. Tel Aviv, a capital do país, foi atingida por mísseis lançados pelo Hamas, enquanto Haifa, a terceira maior cidade de Israel, foi alvo de foguetes disparados pelo Hezbollah. Em resposta, as forças militares israelenses afirmaram ter destruído o lançador de onde partiram os projéteis.
A promessa de Netanyahu de recuperar os reféns em Gaza, aliada ao desejo de uma solução pacífica e digna para israelenses e palestinos, torna o futuro incerto. Enquanto a violência persiste, o luto pela perda de vidas e as dores da guerra continuam a assombrar tanto israelenses quanto palestinos, em um conflito que parece distante de uma solução definitiva. E o clamor que ressoa continua sendo: Liberdade aos sequestrados pelos terroristas do Hamas. Libertem os inocentes.