PCDF deflagra operação para desarticular golpista que extorquia vítimas
A Polícia Civil do Distrito Federal— PCDF, por meio da Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes – CORF/PCDF, e apoio da Polícia Civil do Estado de São Paulo— PCSP, deflagrou, nesta manhã (25), a Operação Catfish.
A ação visou desarticular um grupo criminoso que, em agosto de 2022, coagiu um morador do DF a transferir R$ 4 mil, mediante a ameaça de revelar à esposa e familiares dele,conversas íntimas, mantidas com um perfil falso, em um site de relacionamentos na internet.
Foram cumpridos um mandado de prisão temporária e três mandados de busca e apreensão na cidade de São Paulo. Na investigação da Corf, os policiais ainda identificaram outros dois suspeitos que estão ligados a uma facção criminosa sediada no Estado de São Paulo, sendo que um deles já possui passagem por roubo qualificado.
Todo o material apreendido (celulares, dispositivos eletrônicos e documentos será analisado e poderá identificar outras vítimas, moradoras de vários estados.
“A operação foi denominada Catfish, que na tradução significa peixe-gato— o termo é usado para definir pessoas mal-intencionadas que criam perfis falsos na internet para enganar usuários emocionalmente e financeiramente”, explica o coordenador da Corf/PCDF, delegado Wisllei Salomão.
Caso os investigados sejam condenados pelos crimes de extorsão, associação criminosa, uso de documento falso e lavagem de dinheiro, poderão ficar mais de 15 anos na prisão.
“As pessoas que forem vítimas de tal crime devem procurar imediatamente a delegacia de polícia mais próxima e registrar uma ocorrência policial. É importante ainda destacar que os perfis usados pelos criminosos são sempre falsos e os principais alvos são homens casados, idosos e adolescentes”, finaliza o delegado.
Saiba mais sobre esse tipo de golpe:
- A vítima conhece alguém através de sites e aplicativos de relacionamentos e das redes sociais;
- Após adquirir confiança, as conversas passam a serem realizadas via aplicativos de mensagens dos celulares, onde a vítima é induzida a fornecer dados, contar assuntos pessoais e encaminhar fotografias e vídeos íntimos;
- A vítima passa a receber ameaças, através de mensagens provenientes de outros números de celulares, de divulgação do material íntimo para cônjuges e familiares ou até mesmo de publicação indiscriminada na internet, exigindo que a vítima transfira valores para a conta de terceiros;
- Mesmo tendo efetuado pagamentos, os autores continuam a solicitar valores.
- Dicas de prevenção:
- desconfiar do perfil de pessoas nas redes sociais que não conheça anteriormente ou que não tenha nenhum vínculo de amizade com algum conhecido nas redes sociais. Nesse último caso, deve-se verificar se realmente se esse contato conhece a pessoa daquele perfil;
- nunca fornecer dados pessoais;
- não estabelecer conversas através de aplicativos de mensagens ou ligações telefônicas, já que os autores terão acesso ao número da linha telefônica da vítima;
- não contar assuntos pessoais ou encaminhar imagens ou vídeos íntimos, bem como não estabelecer conversas por vídeos com tais características;
- não submeter a qualquer ameaça de divulgação mediante o pagamento de valores.
Assessoria de Comunicação/DGPC