Amigos e familiares se despedem da filantropa Maria Josina Cunha Campos
Maria Josina era apoiadora de inúmeras causas sociais, e viúva do empresário e médico pioneiro Arnaldo Cunha Campos, idealizador do Complexo 21
Muito conhecida em Brasília, a empresária, pioneira e filantropa Maria Josina Cunha Campos morreu no começo da tarde da última quinta-feira (16), aos 83 anos. Natural de Uberaba, Minas Gerais, ela estava internada no Hospital DF Star para tratar complicações de um câncer de pâncreas, doença que tratava desde o final do ano passado.
Maria Josina era apoiadora de inúmeras causas sociais, e viúva do empresário e médico pioneiro Arnaldo Cunha Campos, falecido durante a pandemia. Seu marido foi idealizador do Complexo Brasil 21, dentre outros empreendimentos no País e no exterior.
Uma mulher religiosa, devota de Nossa Senhora de Fátima, a filantropa ajudava muitas instituições de caridade de igrejas e, principalmente, de sacerdotes católicos. Maria deixou os filhos Fabiano, Ana Luisa, Ana Maria e Liliana e mais onze netos.
O velório aconteceu no início da tarde desta sexta-feira (17), dois dias antes de ela completar 84 anos. O clima de tristeza e de consternação tomou conta do Santuário Nossa Senhora de Fátima, na Asa Sul, local que reuniu, além da família da empresária, muitos amigos da mulher que deixou sua marca de generosidade e amor. O sepultamento ocorreu no Cemitério Campo da Esperança, no final do dia, na Ala dos Pioneiros, no jazigo da família, onde está sepultado o patriarca Arnaldo Cunha Campos.
Uma grande amiga de Maria Josina, Maria Inês Nogueira, relata que a amiga ‘é’ uma “verdadeira força da natureza” “jamais falarei dela no passado. Doce, amável, caridosa, discrição em pessoa, religiosa ao extremo, de missa diária. Somos boas amigas há 51 anos”, contou. “Falávamos quase que diariamente, e aprendi muito com ela. Seu aniversário seria no domingo, e eu já havia até providenciado o presente.. Mas entendo que ela quis celebrar a data “no andar de cima’, ao lado do seu amado Arnaldo”, lamentou Inês.
Outro grande parceiro da empresária, Frei Vicente Volker Egon Bohne, descreve Maria Josina como uma “mulher especial”. “Detentora de uma grandeza de espírito e de fé, de um coração enorme”, pontuou o Frei. “Ela manteve unidos vários grupos na fé e na esperança e, principalmente no amor. Desde que soube da doença, ela nunca se queixou ou reclamou, e sempre se entregou e suportou tudo da forma mais tranquila. Ela é um exemplo de vida e será sempre minha inspiração”, acrescentou Vicente.
“Hoje é um dia de tristeza”, iniciou o Padre Ângelo Henrique Senchuke, da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe. “Não só para a família e amigos para a cidade de Brasília, que perde uma grande pessoa. Maria Josina foi alguém com personalidade, alegria, fé, disposição e marcou a vida daqueles que tiveram a grande oportunidade de encontrá-la”, comentou o Pe. Ângelo. “Me lembrarei com muito carinho das experiências que tivemos juntos e, hoje, tenho certeza que ela está em um lugar que ela sempre almejou, o céu. Ao viver sempre próxima de Deus era isso que ela buscava”, concluiu o amigo de Maria.