Namorado preso por morte de médica diz que usou cocaína e não se lembra de nada
Preso na noite deste sábado, horas após ter fugido da cena do crime, o caixa de lanchonete Davi Izaque Martins Silva, de 26 anos, namorado da médica Thallita Fernandes, de 28, principal suspeito de ter matado a jovem a facadas dentro do próprio apartamento e esconder o corpo numa mala, disse em depoimento à polícia que não se lembra do que aconteceu naquela madrugada, num condomínio de classe média em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo.
Após a prisão, questionado ainda informalmente, o caixa disse aos investigadores que, quando acordou, de madrugada, encontrou a namorada morta, versão que não convenceu os agentes. Ele afirmou ainda que fez uso de cocaína. Interrogado sobre ter deixado o local em um carro de aplicativo e aparentando indiferença nas imagens de câmeras de segurança do prédio obtidas pela polícia, Izaque afirmou apenas que não se lembra de nada.
O suspeito já passou por audiência de custódia e sua prisão foi mantida pela Justiça. A investigação descobriu que, na madrugada da morte de Thallita, o caixa fugiu para Olímpia, também no interior de São Paulo, e depois retornou para São José do Rio Preto.
Thallita tinha 28 anos e completaria 29 no dia 21 de outubro. Recém formada, em 2021, ela já era uma profissional querida na região e, durante a pandemia da Covid-19, foi atuante no combate à desinformação.
Na noite de quinta-feira, amigos e parentes estranharam não terem conseguido contato com a médica e estranharam. Na madrugada de sexta (quando Thalitta foi morta), alguém usando o celular da médica enviou mensagens com escrita, palavras chulas e gírias que a jovem não usava, o que deixou seus conhecidos mais aflitos. Acionada, a Polícia Militar encontrou o corpo da jovem escondido dentro de uma ala, no armário do apartamento onde morava. As câmeras de segurança registraram o momento em que o namorado deixou o prédio, durante a madrugada, a bordo de um carro chamado por aplicativo. Vizinhos disseram que ouviram gritos e briga momentos antes do assassinato.
Fonte: Extra