Irmãos são condenados a 121 anos por matar e carbonizar família no ABC, em São Paulo
O julgamento terminou por volta das 23h de segunda-feira (21), depois de doze horas, no Fórum de Santo André
Os irmãos Jonathan Ramos e Juliano Ramos foram condenados, nessa segunda-feira (21), por terem matado e carbonizado uma família no ABC paulista, em 2020. Após a votação do júri, o juiz Lucas Tambor Bueno leu a decisão: Juliano Ramos foi sentenciado a mais de 65 anos de reclusão e Jonathan Ramos pegou mais de 56 anos de prisão, ambos em regime fechado.
Segundo o TJSP, eles serão encaminhados à penitenciária de Tremembé, localizada no interior de SP. Os irmãos confessaram o crime durante o julgamento, e alegaram que a ideia de matar a família veio da filha do casal e irmã da terceira vítima, Anaflávia Gonçalves.
Eles foram condenados pelos crimes de roubo, homicídio triplamente qualificado, associação criminosa e ocultação de cadáver de Romuyuki Gonçalves (43), Flaviana Gonçalves (41) e o do filho do casal, Juan Victor Gonçalves, de 15 anos.
Outras três condenações
Em 14 de junho desse ano, Anaflávia Gonçalves, a filha do casal, além de Carina Ramos de Abreu e Guilherme Silva, foram condenados por participar no crime contra a família em Santo André, na região metropolitana de São Paulo.
Somadas, as penas chegam a 192 anos de prisão. O caso aconteceu em janeiro de 2020 e por diversas vezes o julgamento foi adiado.
Anaflávia foi condenada a cumprir pena de 61 anos, 5 meses e 23 dias de reclusão.
A ex-namorada de Anaflávia, Carina Ramos de Abreu, teve a maior sentença em anos de reclusão, 74 anos, 7 meses e 10 dias em regime fechado.
Guilherme Ramos da Silva, que também participou do crime, deverá cumprir a pena, em regime fechado, de 56 anos, 2 meses e 20 dias.
Ainda segundo a sentença, os condenados podem recorrer da decisão.
Relembre o caso
As câmeras de segurança gravaram os cinco réus entrando e saindo da residência onde as três vítimas moravam, um condomínio fechado de casas em Santo André.
O casal e o filho foram mortos no local em 27 de janeiro de 2020. Segundo a polícia, o grupo teria elaborado um plano para assaltar a casa e roubar R$ 85 mil que supostamente estavam em um cofre.
Quando perceberam que não havia dinheiro, decidiram roubar os itens de valor e depois assassinar a família.
As mortes ocorreram no andar superior da residência. O pai, a mãe e o filho de 15 anos morreram com golpes na cabeça. Ainda segundo a investigação, no dia seguinte, os corpos foram levados, no carro da família, a uma área de mata na cidade vizinha, São Bernardo do Campo. Quando a polícia encontrou o carro, os corpos estavam carbonizados.
Os investigados confessaram envolvimento no assalto e acabaram indiciados por quatro crimes: roubo, assassinato, ocultação de cadáver e associação criminosa. No entanto, em relatos durante a reconstituição do caso, eles divergiram sobre quem matou a família e colocou fogo no carro.