Polícia conclui inquérito sobre morte de escrivã, mas omite indiciados
Família de Rafaela espera mais informações através do novo advogado contratado por ela
Depois de mais de dois meses de investigações, a Polícia Civil anunciou a conclusão do inquérito sobre a morte, por suicídio, da escrivã Rafaela Drummond, ocorrida em 9 de julho desse ano. Ela foi encontrada morta dentro de casa.
No entanto, apesar de anunciar o fim das investigações, a Polícia Civil não anunciou quem são os indiciados no caso. “Tratou-se de uma investigação minuciosa e complexa, em que foram realizadas diversas diligências, destacando-se as oitivas de testemunhas e de envolvidos, a extração e análise dos dados do aparelho telefônico da escrivã, além da elaboração de outros laudos periciais”, disse a instituição, em nota oficial.
A Polícia Civil afirma ainda que o inquérito corre sob sigilo e que somente num momento oportuno serão feitos anúncios sobre o caso.
A família de Rafaela, segundo o pai da escrivã, Aldair Drumond, ainda não tem uma posição, pois ainda não tomou conhecimento dos autos. “Temos um novo advogado, criminalista, Hugo Viol, que vai se inteirar da situação e vai nos passar as informações. Estamos esperando”, declarou Drumond.
A família acusa o delegado Itamar Cláudio Neto e o investigador Celso Trindade de serem os responsáveis pelos assédios a Rafaela. O delegado foi transferido para Conselheiro Lafaiete, na Região Central, e não fala sobre o caso.
Os advogados do investigador admitiram, recentemente, que o vídeo feito pela escrivã, em que é xingada pelo telefone, seria em um contato feito com Celso Trindade. Ele está afastado por licença médica.
Fonte: Estado de Minas