Uma festa junina chinesa no Brasil

Uma festa junina chinesa no Brasil

Evento organizado pelo Instituto Confúcio foi uma intensa experiência

Não é todo dia que você está esperando em uma fila para comprar um guioza e é subitamente interrompido pela passagem de um dragão chinês. Ao som de alguma música sertaneja dessas de rádio. Ao lado do dragão, um grupo de freiras tirava uma selfie. Na minha frente, uma panela em altas temperaturas fritando os pequenos pastéis. Enquanto isso, um cara com a camisa do Inter de Porto Alegre ouvia o jogo no radinho e bebia cerveja.

Tive que piscar meus olhos para me dar conta de que não se tratava de um sonho febril, mas da mais pura realidade do que se registrou neste sábado (22), na rua Dom Luís Lasanha, no bairro do Ipiranga em São Paulo, quando foi realizada a Festa Junina e Festival Barco do Dragão do Instituto Confúcio da UNESP.

O evento tinha como objetivo promover as atividades do Instituto, que oferece aulas de mandarim a preços populares e promove a integração entre os povos.

A integração de fato se deu neste evento. A simbologia estava dada na própria decoração: em meio às bandeirinhas de festa junina, estavam as lanternas de papel tradicionais da cultura chinesa, chamadas de Denglong.

Barracas de arroz doce, milho, pastel e churrasquinho se enfileiravam ao lado de outras que vendiam Zongzi, uma espécie de pamonha de arroz glutinoso, tradicional do festival do Barco do Dragão.

A titular desta coluna Iara Vidal explica detalhadamente e de maneira mais aprofundada sobre o Festival Barco do Dragão ao redor do mundo. Contudo, resumidamente, trata-se de uma celebração com as corridas de barcos-dragão realizadas em várias cidades.

Aqui no Brasil, as barraquinhas de comidas chinesas não esperavam pela alta demanda dos brasileiros por delícias da culinária chinesa, e as iguarias – como noodles, chaofan e até os guiozas que comi – rapidamente se esgotaram, deixando muitos brasileiros passando vontade.

O destaque gastronômico ficou para a torta de ovos de Hong Kong, uma delícia da confeitaria chinesa com alguma inspiração nos pastéis de nata portugueses.

O evento foi curioso, encantador e caótico. Mas certamente vale a visita. Espero sinceramente que a festa volte a ocorrer no ano que vem.

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Fato Novo com informações e imagens: Revista Fórum

Geraldo Naves

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