Câmeras corporais de agentes reforçam segurança da população no Metrô-DF
Com implementação de 100 aparelhos de gravação, Governo do Distrito Federal dá maior transparência e eficiência na segurança de usuários e de profissionais
Mais segurança e transparência. É assim que a população de Brasília que usa o Metrô-DF se sente com a implementação de câmeras corporais nos agentes da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal. O uso dos 100 equipamentos começou na segunda-feira (1º), quando os itens foram acoplados aos uniformes dos seguranças.
No total, o Governo do Distrito Federal (GDF) investiu R$ 198 mil na compra dos aparelhos, que serão usados nas 27 estações da capital.
“Eu acho que é muito importante para a nossa segurança e para a segurança dos próprios agentes. Eu me sinto muito seguro dentro do Metrô. Avalio como positivo o uso dessas câmeras”, diz Damião da Silva, que é eletricista e usa o Metrô-DF diariamente.
Professor de música, Suzana Barroso diz que a iniciativa também garante mais segurança às mulheres. “Como mulher, é muito importante o uso dessas câmeras por saber que os agentes e os usuários estão sendo vigiados em caso de alguma ocorrência. É uma via de mão dupla, se acontecer qualquer tipo de agressão por qualquer uma das partes, por exemplo, vai estar registrado e haverá uma prova”, pontua.
“É uma coisa que vai resguardar o cidadão e o policial. Acho que agora você tem como fazer uma investigação e mais a fundo, quando for o caso”, complementa Jorge Luiz Moreira Lopes, militar aposentado.
E o objetivo é exatamente esse: garantir que a investigação de ocorrências seja mais rápida e que o material gravado possa ser utilizado como prova em eventuais processos civis, penais e administrativos.
Os aparelhos, que além de vídeo também capturam áudio, ficarão na parte da frente do uniforme dos agentes. As câmeras possuem visão noturna, conseguem gravar até oito horas diretas de vídeo e contam com um armazenamento de 32 GB. Além disso, também possuem a função “stand-by”, que permite que um incidente seja gravado 30 segundos antes de acionado o botão de gravação.
Gerente de Segurança Operacional do Metrô DF, Paula Camargo explica como será a rotina dos agentes com o novo equipamento. Para além da segurança, ela destaca que as câmeras também serão usadas para rever e melhorar treinamentos.
“Diariamente, os empregados devem chegar ao posto de trabalho e verificar as condições do equipamento. Feito isso, eles já vão ligar a câmara e deixar no modo stand-by para que, sempre que houver necessidade de abordagem ou interação com usuários, eles façam esse acionamento do aparelho. Feito esse acionamento, já tem uma pré-gravação. Depois disso, ele finaliza a ocorrência”, esclarece.
Segundo Renato Avelar, superintendente de Operações do Metrô-DF, todos os 225 agentes de segurança da companhia serão treinados até o fim de julho. Até o momento, mais de 150 funcionários receberam orientações sobre o equipamento e já estão aptos a usá-los. Ele explica que, caso um dos agentes não acione o aparelho de segurança quando necessário, medidas internas serão tomadas.
“O objetivo é dar uma transparência das ações dos empregados da companhia e também facilitar a questão de segurança para os usuários”, ressalta.
De janeiro a junho deste ano, foram registrados 269 ocorrências internas relacionadas a crimes e contravenções no sistema da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal. Em todo o ano de 2023, foram 412 notificações internas. De acordo com o Metrô-DF, cerca de 160 mil pessoas utilizam os trens da capital diariamente.
A companhia informa que os equipamentos de segurança ainda possuem histórico de ações, proteção contra o apagamento de gravações e o gerenciamento das imagens, por meio de senhas individuais, garantindo que todas as ações sejam mapeadas.
Além das câmeras, também foram adquiridas duas estações de dados, equipamentos que serão utilizados pelo Centro de Monitoramento da Segurança para descarregamento e gerenciamento das imagens capturadas. Inicialmente, quatro funcionários ficarão responsáveis por gerir o conteúdo gravado pelos aparelhos.
Fato Novo com informações: Agência Brasília