Como foi testar o controle Backbone One para jogar no smartphone
Aparelho transforma qualquer celular em um console portátil, e isso é algo incrível
A Pesquisa Game Brasil, divulgada durante a gamescom latam 2024, aponta que 47,4% dos jogadores da América Latina utilizam o smartphone para acessar os games. O número é expressivo e mostra como os aparelhos são importantes para popularizar os jogos e atingir uma parcela da população que não tem um console ou PC gamer, ou prefere jogar de forma remota onde estiver.
Com o aumento desse mercado, soluções para facilitar os jogos em smartphones começam a aparecer, como o Backbone One, um controle que transforma celulares em consoles portáteis, prometendo maior precisão na hora de jogar, sem ter que depender somente das telas de toque. A convite da Backbone, tive a oportunidade de testar a versão de 2ª geração do aparelho, e o resultado é bem interessante.
Detalhes do Backbone One
O controle Backbone possui dois modelos: um Standard, que replica o controle de Xbox, e outro com os botões iguais aos de PlayStation 5. Em ambos os casos, é possível escolher o tipo de conector, entre o Lightning e o USB-C, de acordo com o smartphone que será utilizado.
Testei o modelo Standard, que possui uma estrutura leve e fosca, agradável ao toque. O controle conta com os botões principais de Xbox, incluindo R1, R2, L1 e L2, além de um botão de captura e gravação de imagens, entrada P2, para ouvir os sons dos jogos, e uma conexão extra USB-C, que permite carregar o smartphone enquanto joga.
O Backbone One em si não precisa de carregamento, já que utiliza a energia do próprio celular pela conexão USB-C principal do smartphone. Logo, é um detalhe inteligente a inclusão de uma porta extra para que o celular possa ser carregado durante o uso, já que sabemos que as baterias de smartphones podem durar menos com a utilização de aplicativos pesados.
Na caixa, é dito que o Backbone é “feito para iPhone e compatível com Android”, um detalhe curioso para quem possui a segunda opção, gerando até uma pitada de dúvida se o funcionamento é completo neste caso. Os testes foram feitos com o Motorola Edge 30 Pro, que roda com o sistema Android, e o resultado foi satisfatório, sem travamentos ou atrasos.
É importante ressaltar que o Backbone One tem um aplicativo próprio, que automaticamente faz as configurações iniciais ao ser instalado. Apenas ao conectar o controle, o smartphone já o reconheceu para navegar no menu do Android, mas a configuração via aplicativo é importante para garantir comandos mais responsivos ao jogar.
De smartphone a console portátil
Ter a possibilidade de jogar no smartphone com a mesma precisão de um controle de console é a maior vantagem que o Backbone One proporciona. Os analógicos possuem altura confortável e respondem bem, até mesmo em jogos em nuvem, como é o caso do Game Pass. O celular fica bem encaixado, sem risco de cair, gerando também uma boa sensação de segurança nesse quesito.
Claro, o bom desempenho dos jogos em si depende do smartphone e serviço utilizado, mas o Backbone One se mostrou eficiente com o aplicativo da Xbox, Steam e também com os títulos disponibilizados para assinantes da Netflix. Nesse último caso, testei o Sonic Mania Plus, que proporcionou uma experiência nostálgica e divertida. E, assim como acontece no console, cabe ao jogador entender as melhores opções de botões para cada caso. No caso de Sonic, por exemplo, é melhor direcionar o ouriço com as setas do que com o analógico, que é uma boa opção para outros jogos.
Dentro do aplicativo Xbox Game Pass testei títulos como Star Wars Jedi: Fallen Order, Batman: Arkham Knight, Age of Empires IV e Forza Motorsport, e todos rodaram de forma satisfatória, dando a sensação de realmente ter um console portátil em mãos, que também é o meu smartphone do dia a dia.
Vale a pena ter o Backbone One?
Como produto, o Backbone One não teve nenhum demérito durante o teste. Para quem gosta de jogar de forma portátil no celular, o controle permite fazer isso sem depender do touch da tela, tornando um momento de lazer ainda mais divertido. Se isso vale a pena, é uma decisão que cada jogador deve tomar, levando em consideração também o custo-benefício.
Na loja oficial da marca, o Backbone de 2ª geração tem o valor de R$ 980, enquanto a versão de 1ª geração pode ser encontrada por R$ 549 em sites como a Amazon. Não são valores baratos, então depende do quanto o usuário pretende investir em um item para jogar com o smartphone.
Para quem possui um celular potente, que roda bons títulos, mas se irrita ao jogar com o touch e não pretende investir em outro console portátil, o item é um excelente opção, que entrega o que propõe para o público adulto e também para as crianças que costumam jogar no celular.
Além disso, o controle também ajuda aquele player casual, como esta que vos escreve, que sempre jogou em smartphones e não tem tanto costume com os controles, botões e analógicos tradicionais. A sensação de jogar, neste caso, pareceu menos “intimidadora” do que em um console, já que estou habituada a jogos de celulares, apenas estava conduzindo tudo de uma forma diferente.
No fim, a chegada da 2ª geração do Backbone One prova que jogar no celular já é uma realidade, e produtos direcionados especificamente para isso devem se tornar cada vez mais frequentes no mercado gamer, gerando mais opções além dos clássicos console e PC. Sorte a nossa.
O Backbone One de 2ª geração está à venda no site oficial da marca, com entrega disponível para o Brasil.