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UnB: Paralisação iniciou na segunda (11); outras 32 universidades também aderiram
Servidores técnico-administrativos da Universidade de Brasília (UnB) iniciaram nesta segunda-feira (11) o período de greve em defesa da reestruturação da carreira e recomposição salarial. A decisão foi anunciada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Fundação UnB (Sintfub), que protocolou no dia 6 de março a resolução grevista junto à Reitoria.
Servidores da UNB em greve: Demanda é por reestruturação da carreira e recomposição salarial – Imagem: Comunicação Sintfub
A mobilização é de escala nacional e todos os sindicatos relacionados à educação superior federal que aprovaram a deflagração de greve seguem o mesmo protocolo. As negociações estão sendo feitas entre a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) e o governo federal, por meio do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). A demanda por reestruturação da carreira abrange diversas categorias de servidores federais que também estão abrindo possibilidade de greve para serem ouvidos pelo governo federal.
O Brasil dispõe de 69 universidades federais, sendo que 67 são filiadas à Fasubra e 54 aprovaram indicativo de greve também nesta segunda-feira. Desse total, 32 instituições, incluindo a UnB, já estão com a greve de técnicos deflagrada desde já, enquanto o restante farão seus anúncios no decorrer da semana.
Apoio político
Parlamentares também estiveram presentes na Assembleia para demonstração de apoio. O distrital Fábio Félix (PSOL) reconheceu a importância dos trabalhadores da UnB. “A universidade pública brasileira foi um dos principais instrumentos políticos desse país para a gente superar a era tenebrosa que vivemos nos governos anteriores. Existe um abismo de diferenças entre as categorias desse país que são chamadas de “típicas de estado” que ganham salários batendo no teto e tem outras categorias que estão há anos estagnadas. São categorias que têm sido desrespeitadas apesar de fazerem um trabalho fundamental”.
A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) afirmou “iremos apresentar na comissão de serviço público a proposta de criar uma subcomissão para acompanhar a greve das Universidades públicas brasileiras para quem nós possamos estar atentos e atentas para que tenhamos uma negociação profícua e que possamos ter a valorização destas instituições de ensino”.
Os demais setores da universidade expressaram apoio à mobilização do Sintfub durante uma assembleia. Representantes da gestão do Diretório Central dos Estudantes (DCE) Honestino Guimarães agendaram o Conselho de Entidades de Base (CEB) para apoiar a mobilização dos servidores e a possibilidade de uma greve estudantil.
Ela acrescenta que “a luta aqui não é só salário, é também um debate profundo sobre nossas carreiras que é fundamental que temos que retornar nesse governo já que tivemos muitos prejuízos nos últimos seis anos com congelamento salarial e esvaziamento do serviço público”.
O Coordenador Geral do Sintfub leu as declarações de apoio à reestruturação da carreira manifestadas pelo Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e informou à Assembleia que o Conselho Universitário (Consuni) endossou o apoio da Andifes em sua última reunião. “Agora vamos dizer aos governantes que somos importantes e temos uns dos salários mais baixos e sem vantagem direta. Somos quase 60 universidades em greve além dos institutos. Vamos colocar o bloco na rua para sermos vitoriosos”.
Em resposta à greve, o portal da UnB publicou um breve comunicado reconhecendo a importância profissional e “a luta dos servidores técnicos que recebem salários muito aquém de suas responsabilidades”.