Empresário confessa ter enterrado adolescente em sítio de SP e é solto após fiança
O empresário Gleison Luís Menegildo, dono da Global Recuperadora de Caminhões em São José do Rio Preto, e o caseiro Cleber Danilo Partezani foram presos em flagrante após confessarem a ocultação do corpo de Giovana Pereira Caetano de Almeida, uma adolescente de 16 anos.
O corpo de Giovana foi encontrado na última terça-feira (27) enterrado em um sítio de propriedade de Gleison em Nova Granada, interior de São Paulo. Ambos os suspeitos foram liberados após o pagamento de fiança: R$ 15 mil para o empresário e cinco salários mínimos para o caseiro.
Giovana estava desaparecida desde 21 de dezembro de 2023, quando foi vista pela última vez ao encontrar-se com Gleison em sua empresa.
Em depoimento à Polícia Civil, Gleison alegou ter conhecido a adolescente através do aplicativo Tinder e relatou que a encontrou diversas vezes antes da tragédia. Em uma dessas ocasiões, ele a levou para um motel, onde tiveram relações sexuais. Gleison também fez uma transferência via Pix para Giovana, o que, segundo seu advogado, foi em pagamento por “favores sexuais”.
O empresário afirmou que, no dia da morte de Giovana, eles estavam consumindo drogas em sua empresa quando a jovem passou mal, possivelmente devido a uma overdose de cocaína, e morreu. Desesperado, Gleison decidiu enterrar o corpo com a ajuda do caseiro Cleber. Ele relatou à polícia que “entrou em pânico completo” ao perceber que Giovana havia falecido e, temendo as consequências, resolveu ocultar o cadáver.
A mãe de Giovana, Patrícia Alessandra Pereira, contesta as afirmações de Gleison, negando que sua filha usava drogas e questionando a veracidade das circunstâncias apresentadas pelo empresário. Ela clama por justiça, acreditando que Gleison deve responder por assassinato.
A defesa do empresário aguarda o laudo necroscópico para proceder com a estratégia jurídica. O caso, inicialmente registrado como morte suspeita, ocultação de cadáver e posse irregular de arma de fogo, agora será investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher em São José do Rio Preto. A arma calibre 22, encontrada no sítio onde Giovana foi enterrada, pertence a Gleison, que admitiu deixá-la com o caseiro para proteção contra animais selvagens.
A Secretaria da Segurança Pública informou que perícias foram solicitadas para o local e que exames foram encaminhados ao IML para determinar as causas exatas da morte de Giovana.