Escassez e preço alto fazem mercados de SP lacrarem vidros de azeite
Nos supermercados de São Paulo, os vidros de azeite agora estão sendo protegidos por lacres de segurança. Essa medida, adotada por diversas redes, busca evitar furtos em meio ao aumento significativo dos preços do produto. Em comparação ao ano passado, o preço do azeite disparou quase 50%, fazendo com que ele se tornasse um item cada vez mais visado por ladrões.
A alta nos preços se deve a uma série de fatores, sendo o principal deles a situação climática na Europa. As altas temperaturas e a seca prolongada que atingem o continente, onde estão localizados os maiores produtores de oliveiras, resultaram em uma queda na produção de azeitonas, matéria-prima essencial para o azeite. Países como Espanha, Itália e Grécia, que lideram a produção mundial, registraram uma significativa redução na colheita, impactando diretamente os preços globais.
No Brasil, o cenário não é diferente. O país depende majoritariamente da importação de azeite, com Portugal sendo o principal fornecedor, seguido pela Espanha, Argentina, e outros países. Com a redução da oferta e o aumento dos custos de importação, o azeite ficou mais caro para os consumidores brasileiros, que agora precisam desembolsar valores consideravelmente maiores para adquirir o produto.
A situação tem levado a mudanças no comportamento dos consumidores e também nas estratégias dos supermercados. Muitos clientes, como Dona Denise, entrevistada pelo g1, têm reconsiderado a compra do azeite devido ao preço elevado. “Não vou levar não. É pequena demais. Não estou vendo nenhum para mim”, disse ela ao olhar os preços nas prateleiras. Alguns consumidores estão optando por alternativas mais baratas, como óleos vegetais, que ainda não sofreram o mesmo impacto de preço.