Escolas públicas do DF participam da Olimpíada Brasileira de Robótica

Escolas públicas do DF participam da Olimpíada Brasileira de Robótica

Equipes do CEF 1 Gama, do CEM 3 do Gama e do CEF 1 Paranoá foram premiadas na fase distrital da competição; etapa nacional da OBR será disputada em Goiânia, de 11 a 17 de novembro

Enquanto atletas brasileiros disputavam as últimas medalhas olímpicas em Paris no final de semana, alunos de escolas públicas do Distrito Federal também encararam, no sábado (10), uma competição por uma vaga na fase nacional da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR). O evento, que ocorreu no ginásio do EduSesc, em Taguatinga Norte, definiu os finalistas da modalidade prática da OBR que participarão da fase nacional, realizada em Goiânia, em novembro.

A secretária de Educação do Distrito Federal, Hélvia Paranaguá, esteve presente no evento e destacou três pontos ao falar sobre a importância da OBR. “A primeira coisa boa da Olimpíada de Robótica é gerar no aluno esse desejo de avançar no conhecimento, de conhecer esse novo eixo do saber, que é a robótica, e que envolve todos os aspectos da formação geral básica. Um segundo ponto é a competição saudável. Isso é muito bom, o desejo de ganhar, de competir, de fazer o melhor projeto”, destacou.


“Este ano nós temos equipes do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 1 Gama, do Centro de Ensino Médio (CEM ) 3 Gama e do CEF 1 Paranoá. A previsão é que a gente amplie cada vez mais a participação dos nossos estudantes e da rede pública de ensino”, afirma Raquel Vila Nova Lins, gerente de Programas e Ações Transversais da Secretaria de Educação


Em terceiro lugar, a secretária indicou o momento de congregação entre os estudantes. “Essa competição permite aos alunos interagirem com outras escolas públicas e privadas no Distrito Federal. Então, são vários fatores que fazem com que a gente apoie um projeto dessa magnitude”, reforçou.

A gerente de Programas e Ações Transversais da Secretaria de Educação (SEE), Raquel Vila Nova Lins, destacou a participação de escolas públicas na fase distrital. “Este ano nós temos equipes do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 1 Gama, do Centro de Ensino Médio (CEM ) 3 Gama e do CEF 1 Paranoá. A previsão é que a gente amplie cada vez mais a participação dos nossos estudantes e da rede pública de ensino”, disse Raquel.

Modalidades

O objetivo da OBR é integrar a robótica e a inteligência artificial aos componentes curriculares da educação básica. Na competição, há modalidades teóricas e práticas, divididas em robótica de resgate, robótica artística (que está sendo disputada pela primeira vez) e robótica virtual (que não fez parte do campeonato).

As disputas envolvem estudantes de todas as idades. São três níveis: “N0”, para alunos do 1º ao 3º ano do ensino fundamental; “N1”, para alunos de 1º a 8º ano; e “N2”, para 8º e 9º anos, e todos os anos do ensino médio ou técnico.

A etapa nacional da OBR será disputada em Goiânia, de 11 a 17 de novembro

Pela manhã, as competições dos níveis N0 e N1 já começaram com um grande público. Parece fácil montar e programar robôs para se deslocarem em linha reta, fazerem curvas, superarem obstáculos ou distinguirem pessoas vivas e mortas representadas por bolinhas prateadas e pretas, mas são desafios que envolvem domínio de múltiplos saberes.


“O desafio não é diferente de fazer um Tesla acertar”, comparou a coordenadora nacional da Olimpíada Brasileira de Robótica, Sarah Rossiter. Ela veio do Rio Grande do Norte para acompanhar a etapa distrital. Em seu estado, Sarah coordena um Espaço Maker no Instituto Federal do Rio Grande do Norte.


Segundo a coordenadora, uma das dificuldades tem a ver com os sensores, pois a prática dos estudantes com os robôs é feita, em geral, sob a luz artificial das salas, e os sensores podem se confundir em ambientes com a variação de incidência da luz solar.

Desempenho

A cada rodada, as equipes têm a chance de se reunir e refletir sobre o que não deu certo. Com esse retorno, introduzem as correções necessárias. João Wictor, integrante da Equipe Águias juntamente com Samuel e Arcanjo, explicou que a superfície lisa de madeirite estava prejudicando a adesão das rodas e que a equipe teve que pensar rapidamente em soluções para buscar mais atrito.

Um dos pontos positivos da OBR, segundo a secretária de Educação Hélvia Paranaguá, é que a competição “permite aos alunos interagirem com outras escolas públicas e privadas no Distrito Federal”

Falcões (6º ano), Águias (7º ano) e Gaviões (8º ano) são todos nomes de equipes de alunos do CEF 1 Gama, onde o pai de Samuel, Nilson Alvernaz, acabou se somando aos professores Edneusa Peteira e Renato de Carvalho para levar adiante o sonho robótico em uma escola pública.


“Este ano viemos mais para conhecer, mas ano que vem estaremos fortes”, disse Nilson. Uma prova de que a equipe está no caminho certo foi o alcance do Prêmio Especial de Programação, conferido às Águias. As outras equipes da mesma escola também receberam premiações – o Prêmio Especial de Melhor Design de Robô foi dado à equipe Falcões, no Nível N2, e os Gaviões levaram o terceiro lugar na programação da manhã.


Geraldo Naves

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