Expo Favela Brasília reúne empreendedores para promover a economia criativa do DF
Realizado no fim de semana, evento contou com painéis, workshops e uma intensa programação cultural
O Sesi Lab recebeu, nesse fim de semana, a segunda edição da Expo Favela Innovation Brasília. A iniciativa foi realizada por meio de uma parceria entre a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-DF), a Projeto S.A e Central Única das Favelas (Cufa-DF) e promoveu uma verdadeira vitrine de ideias inovadoras, além de atividades culturais que valorizaram as raízes e o potencial das comunidades locais. Ao todo, mais de 2 mil pessoas passaram pelo evento.
Além de oficinas, workshops e exposição fotográfica, foram realizados painéis de debate e talk shows sobre temas estratégicos, como educação, economia criativa, responsabilidade social, políticas públicas e inovação.
“A Expo Favela Brasília 2024 reafirmou seu compromisso em conectar empreendedores das favelas com oportunidades reais de crescimento. Mais que um evento, tivemos um espaço de troca, visibilidade e transformação social. Com histórias inspiradoras e resultados expressivos, a expectativa agora recai sobre a final nacional em São Paulo, onde os representantes do DF terão a chance de levar suas ideias ainda mais longe, mostrando que das periferias nascem soluções que podem transformar o Brasil”, destaca Bruno Kesseler, presidente da Cufa DF e do Projeto S.A.
A importância da participação social e da economia criativa para o desenvolvimento de políticas públicas que incentivem o empreendedorismo deram o tom da mesa-redonda “O futuro das economias emergentes: perspectivas do G20 para empreendedores da favela”.
Durante o debate, o secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação do Distrito Federal, Alexandre Villain, destacou o papel das ações de inclusão digital e formação profissional a fim de que os produtos e serviços oferecidos pelos empreendedores locais tenham mais valor agregado. “Com o objetivo de estimular a criação de novos negócios e de oferecer noções de educação empreendedora, a Secti-DF tem implementado uma série de políticas públicas para a qualificação dos nossos jovens”, afirmou.
A programação incluiu rodadas de negócios, mentorias práticas e pitches de startups, nos quais os empreendedores tiveram a chance de impressionar investidores e o público
Responsável pela pesquisa Panorama da Economia Criativa do Distrito Federal, o professor Alexandre Kieling, da Universidade Católica de Brasília, apresentou os principais resultados do estudo que identificou as potencialidades de cada região administrativa. De acordo com ele, todas as indústrias criativas, atualmente, contam com a mediação da tecnologia. “A elaboração deste levantamento foi fundamental para que a gente pudesse identificar a vocação e os agentes criativos de cada RA e, assim, contribuir para a ampliação das políticas públicas para este segmento”, avaliou.
Inovação e negócios na feira
Dos mais de 300 inscritos para participar como expositores, 40 foram selecionados para apresentar seus negócios durante os dias de evento. Além disso, o Camelódromo contou com a participação de 20 empreendedores, que expuseram e comercializaram produtos criativos e artesanais, destacando a diversidade das quebradas do DF.