O manifestante Marcos Vieira, de 44 anos, afirmou que a escala de trabalhado é “desumana”. “Você não tem vida social, não tem vida familiar. Por que os políticos não trabalham 6×1 para eles darem exemplo? Ou então os empresários têm que botar o 12×36, que fica muito melhor para o povo trabalhar”, relatou Vieira, que trabalha como articulador político.
Gabriel Xavier, de 25 anos, relatou ao Metrópoles que, com a escala 6×1, o trabalhador não tem “vida nenhuma”.
“Estamos aqui na manifestação do dia 15 de novembro, dia da Proclamação da República, contra a escala 6×1, para acabar com essa escala, porque o trabalhador não tem equilíbrio de vida nenhum, não vê a família, não vê os filhos, não tem tempo para cuidar dos filhos, não tem tempo para cuidar da casa e não vive para ter uma vida saudável e sustentável. A pessoa vive para trabalhar e não trabalha para viver”, afirma Xavier.
Xavier afirmou ainda que o protesto tem como objetivo também avançar na redução das horas de trabalho e na implementação da escala 4×3.
Ainda estão previstas manifestações em Divinópolis (MG), Feira de Santana (BA), Ituiutaba (MG), Itabuna (BA), Juazeiro (BA), Ilhéus (BA), Juiz de Fora (MG), Petrolina (BA), Uberlândia (MG), Pouso Alegre (MG), Petrolina (BA) e Uberlândia (MG).
A discussão tomou conta das redes sociais desde a última semana, com deputados sendo pressionados a se posicionar sobre a proposta. Além de políticos, a PEC contra escala 6×1 também passou a ser assunto entre entidades empresariais e até mesmo no mundo dos famosos.
Com a repercussão, o texto apresentado por Erika Hilton atingiu o número mínimo de assinaturas de deputados para ser protocolado na Câmara dos Deputados na quarta-feira (13/11), a maioria delas vindas de parlamentares filiados a partidos de esquerda.
Fonte: Metrópoles