“Nesses dias, está sendo dito que Arthur está com muita virulência, vai instalar CPIs, vai fazer pauta-bomba. Não há nenhum governo desde que cheguei na Câmara que tenha tido melhores condições de governar o país do que o presidente Lula teve dado por nós”, completou.
O parlamentar também falou sobre a relação com o governo Lula e, na ocasião, pediu desculpas ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, a quem, publicamente, chamou de “incompetente” e “desafeto pessoal”.
“Tenho erros e acertos. Não tenho problema em reconhecer o erro quando o cometo. Vinha apontando, reservadamente ao governo – e eles sabem disso – que há alguns meses a articulação do governo não está funcionando. Se você prestar atenção, há um esforço da presidência da Casa e do governo na Câmara para converter matérias, de modo que elas cheguem ao plenário muito maduras”, desabafou Lira.
Recalculando a rota
Depois que Padilha reduziu o tom e que Lula entrou em campo para garantir a continuidade do ministro no cargo, Lira ficou pressionado pelo governo.
Do outro lado, o Supremo Tribunal Federal vai avaliar a legalidade das transferências diretas, que estariam sendo usadas como ‘orçamento secreto’ por Lira e sua base.
Em alguns meses, o alagoano – que já está em seu segundo mandato – vai ter que eleger um sucessor e a questão não está decidida. O governo, que apoiou a reeleição do atual presidente, pode mudar de candidato e encontrar uma nova saída para a mesa diretora, sem Lira e o PP.