Operação Contragolpe domina pronunciamentos em plenário nesta terça-feira (19)

Operação Contragolpe domina pronunciamentos em plenário nesta terça-feira (19)

Manchete dos principais jornais e sites de notícias do Brasil, nesta terça-feira (19), a Operação Contragolpe, da Polícia Federal, dominou os pronunciamentos dos parlamentares na sessão da Câmara Legislativa desta tarde.

O deputado Max Maciel (Psol) inaugurou os discursos na tribuna do plenário e logo levantou o assunto. Ele repudiou os planos golpistas que envolviam, inclusive, a execução do presidente Lula, do vice-presidente Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, e lamentou o envolvimento de membros do Exército. Em sua avaliação, os atos antidemocráticos que remontam ao final de 2022 não são ações isoladas e foram “orquestrados por discursos e movimentos que têm horror à democracia e que querem tomar o poder de forma violenta”.


“As revelações que a PF trouxe hoje extrapolam qualquer nível de normalidade da disputa política. Podemos fazer vários debates políticos e divergir, mas não podemos conspirar para matar nosso adversário. Não podemos achar isso normal”, pregou o deputado Fábio Felix (Psol). “Agora vemos militares de alto escalão da República sendo presos por conspirarem. Olha o nível de golpismo, não tem outra palavra para isso. Quando não se aceita politicamente o vitorioso e não se respeitam os princípios da democracia, é golpismo, é conspiração e é crime contra a República brasileira”, bradou.


Na avaliação do deputado Gabriel Magno (PT), “planejar o assassinato de um presidente e de um vice eleitos democraticamente nas urnas é coisa de grupo terrorista”.

“O bolsonarismo faz muito mal para este País. Essa turma está tentando colocar na política brasileira uma cultura de atentados terroristas contra as instituições, contra os prédios e contras as pessoas”, afirmou.

Na mesma linha, os deputados Ricardo Vale e Chico Vigilante – ambos do PT – também repudiaram, veementemente, as revelações da operação da Polícia Federal. Vale resgatou os atos antidemocráticos do final de 2022 (tentativa de invadir a sede da PF, atentado a bomba no aeroporto de Brasília) e do 8 de janeiro de 2023 e lamentou que tenham sido considerados como isolados e tenham sido “minimizados”.

“Hoje vemos a prisão de militares que arquitetavam plano de golpe e o pior: matando o presidente eleito, o vice e o presidente do Supremo”, acrescentou.


Já Vigilante apontou: “A imprensa do mundo inteiro está divulgando o plano de assassinar o presidente eleito com arma do Exército. Existe algo mais grave que isso? Tentaram transformar o Exército brasileiro em pistolagem”.


“Sou peremptoriamente contrário a qualquer tipo de agressão”, frisou o deputado Pastor Daniel de Castro (PP). O parlamentar reclamou, contudo, de anistia concedida a algumas personalidades políticas da esquerda, como José Dirceu, e do tratamento dado aos simpatizantes do ex-presidente Bolsonaro “que ainda não têm condenação e já estão sendo crucificados e condenados aqui”.

Para o deputado Thiago Manzoni (PL), “não é possível vivermos de forma tão belicosa por mais tempo, passou da hora de ter pacificação, e isso passa pelo conceito de justiça”. Ele resgatou a questão da prisão de participantes dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. “Hoje há milhares de crianças órfãs de pais vivos, pais que estão presos com penas superiores às de assassinos e estupradores. 15 anos de cadeia? Não dá. O sentimento de injustiça, talvez, seja o pior sentimento que possa existir”, concluiu.


*Denise Caputo – Agência CLDF

Geraldo Naves

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