Operação da PCDF desarticula organização criminosa que atraía vítimas em plataformas de relacionamento
Nesta quinta-feira (23), a Polícia Civil do Distrito Federal – PCDF, representada pela 13ª DP (Sobradinho), deflagrou a Operação Sirenas, com o apoio das Polícias Civis de Pernambuco – PCPE, da Paraíba – PCPB e de São Paulo – PCSP, para cumprimento de 22 mandados de prisão e busca e apreensão em Recife/PE, Itabaiana/PB e Campinas/SP.
Até o momento, 15 criminosos foram presos e sete encontram-se foragidos. Os policiais apreenderam celulares em presídios e em residência dos alvos da operação.
De acordo com as investigações, que duraram cerca de um ano e quatro meses, foram identificadas cerca de 20 vítimas no Distrito Federal e estima-se que o grupo atue em todas as regiões do Brasil.
Apurou-se que um grupo de investigados atraía as vítimas em plataformas de relacionamento e, em determinado momento, entravam em contato exigindo que fossem feitas transferências bancárias ao apresentar-se como membro de facção e marido da pessoa com quem teria sido feito o contato na plataforma.
Os autores promoviam inúmeras ameaças em relação à vida das vítimas e de seus familiares, encaminhando inclusive imagens de arma de fogo. Daí advém o nome da operação “Sirenas”, os quais, segundo a mitologia grega, eram seres marinhos que atraíam marinheiros com seu canto melodioso para naufragarem nas rochas.
As investigações permitiram identificar não somente o grupo de presos responsável pela escolha das vítimas, mas também os beneficiários das quantias recebidas, inclusive aqueles que realizavam os saques do dinheiro. Observou-se, ao longo dos meses, que os autores responsáveis pela circulação do dinheiro eram envolvidos não só com a prática dessa modalidade de crime de extorsão, mas com inúmeros crimes graves.
Apesar de não possuírem renda fixa, alguns chegaram a movimentar mais de R$ 1 milhão, em um período de três meses, relacionando-se financeiramente com indivíduos com os mais variados antecedentes: roubo a banco, roubo a correio, homicídios, dentre outros.
Os investigados responderão pelos delitos de Extorsão, Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro, podendo receber uma pena máxima de 28 anos. Eles ainda tiveram o bloqueio de suas contas decretado.
Assessoria de Comunicação – Ascom/DGPC