Planaltina realiza a etapa regional do 13º Circuito de Ciências
Além dos projetos, uma novidade do evento foi a presença do recém-inaugurado Planetário Móvel da UnB
Os estudantes das 69 escolas e 14 creches da Coordenação Regional de Ensino (CRE) de Planaltina tiveram a oportunidade de conhecer, nessa quarta-feira (25), os 20 melhores projetos das feiras de ciências promovidas nas escolas desde o começo de 2024. Isso porque a etapa regional do 13º Circuito de Ciências da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) chegou à cidade, no Centro Educacional (CED) Stella dos Cherubins Guimarães Trois.
O tradicional Circuito de Ciências da SEEDF funciona assim: as escolas de cada uma das 14 regionais de ensino promovem feiras de ciências, apresentando os projetos desenvolvidos desde o começo do ano letivo. Nestes eventos, são escolhidos os melhores projetos, que concorrem, então, na etapa regional, para selecionar quais pesquisas participarão da etapa distrital, em novembro.
“Quando a gente fala de Circuito de Ciências, a gente fala de iniciação científica, de instigar o estudante, para que ele veja que ninguém faz nada sem ciência”, destaca Hélvia Paranaguá, secretária de Educação
Diante das mudanças climáticas intensas pelas quais o mundo passa, a SEEDF promoveu o debate com a temática “Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais”.
“O Distrito Federal está sofrendo, junto ao restante do Brasil, com queimadas criminosas em um momento de seca estendida. Infelizmente, as gerações anteriores não tiveram o cuidado de preservar a natureza exuberante do nosso país. Os estudantes aqui presentes, que são a nova geração, estão desenvolvendo a responsabilidade de cuidar do que ainda existe, e de preservar e reconstruir o que já foi destruído”, ponderou a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá.
Estiveram presentes na feora cerca de 2 mil visitantes, entre expositores e alunos de todas as escolas da CRE de Planaltina, que tem o segundo maior contingente de estudantes do DF
A gestora visitou os estandes para conhecer os diferentes projetos apresentados. “É uma alegria muito grande estar aqui em Planaltina. Quero saudar meus colegas, professores, que são a base dos projetos que estão aqui hoje. Quando a gente fala de Circuito de Ciências, a gente fala de iniciação científica, de instigar o estudante, para que ele veja que ninguém faz nada sem ciência”, declarou.
Protagonismo
Estiveram presentes na feora cerca de 2 mil visitantes, entre expositores e alunos de todas as escolas da CRE de Planaltina, que tem o segundo maior contingente de estudantes do DF, atrás apenas de Ceilândia. Raíssa Monteiro, coordenadora da Regional de Ensino de Planaltina, acredita que a iniciação científica leva o trabalho pedagógico para a comunidade que a escola atende, promovendo o protagonismo dos jovens.
“Nossos estudantes aprendem a atuar na área de ciências e tecnologia, e podem ver que o tema está em nossa cidade e em nosso dia a dia. É extremamente importante que eles possam mostrar sua criatividade, com o apoio dos professores e a participação de toda a comunidade escolar, aumentando o engajamento de todos”, disse Raíssa.
Os projetos apresentados exploraram os diferentes biomas do Brasil. A professora de ciências Crislane Rocha, do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 3 de Planaltina, orientou seus alunos em um trabalho de educação ambiental chamado “O protagonismo juvenil para a recuperação do Bioma Pampas: o caso do Rio Grande do Sul”. A iniciativa trabalha a redução de danos de catástrofes ambientais, consequência de eventos climáticos extremos, como o ocorrido neste ano, no Sul do Brasil.
“Devido às fortes chuvas na região, que causaram aquele desastre, milhares de vidas foram afetadas. Os nossos alunos, tendo em vista as pesquisas realizadas, desenvolveram conhecimento a respeito do assunto e decidiram trabalhar ideias de prevenção das enchentes e de redução de danos, para melhorar a vivência da população após as inundações”, detalhou a professora.