Por que o Nordeste concentra quase toda a energia eólica produzida no Brasil?
De toda a capacidade instalada no Brasil, 93% da energia eólica vêm do Nordeste, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica
O Brasil tem um grande potencial de desenvolvimento quando o assunto é energia eólica. Mas toda essa capacidade não está bem distribuída pelo território brasileiro. Na verdade, o Nordeste do país desponta como o grande responsável pela geração de energia originada pelos ventos.
Nordeste responde por 93% da capacidade eólica brasileira
- Para se ter uma ideia, a energia eólica foi responsável por gerar 150% de toda a demanda do Nordeste durante um minuto do dia 23 de julho.
- O dado representou um novo recorde no volume de geração das torres que transformam vento em eletricidade nos nove estados da região.
- De toda a capacidade eólica instalada no Brasil, 93% vêm do Nordeste, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
- As informações são do UOL.
Cenário ideal otimiza produção de energia eólica
O principal fator que faz com que o grosso da geração de energia cinética eólica esteja na região Nordeste é o vento forte, constante e unidirecional. São considerados “ventos bons” aqueles com velocidade acima de 6 metros por segundo (cerca de 22 km/h), o que garante a capacidade de rodar um aerogerador.
No Nordeste brasileiro, os ventos chegam a até 12 m/s, e isso faz com que o fator de capacidade da produção seja de 60%, equivalente ao da geração hidrelétrica. Outro ponto importante é que o fato de ser constante e unidirecional faz com que os ventos sejam capazes de produzir ainda mais, deixando a energia mais barata.
A brisa do mar também tem um papel importante. O sol aquece tanto a terra como o oceano, mas como a água demora mais para esquentar, a atmosfera acima do continente fica mais quente e, portanto, com uma pressão mais baixa do que a pressão acima do mar. Essa diferença de pressão “empurra” os ventos para o interior.
As turbinas eólicas até têm um sensor para identificar em qual direção o vento sopra e, assim, girar para se posicionar da melhor maneira. No entanto, essa rotação pode diminuir sua produtividade, o que não acontece no Nordeste.
Além disso, durante boa parte do ano não há chuvas na região, que, potencialmente, poderiam diminuir a intensidade do vento. Todo este cenário garante a otimização da geração de energia no Nordeste.
Fato Novo com informações: Olhar Digital