Traficantes que enviam cocaína para Europa trocando etiquetas de malas são alvo da Polícia Federal
Em março deste ano, duas brasileiras ficaram 38 dias presas injustamente em uma cadeia em Frankfurt, na Alemanha.
A Polícia Federal (PF) cumpre nesta terça-feira (18) 27 mandados de busca e apreensão, dois de prisão temporária e 16 de prisão preventiva contra chefes de uma quadrilha suspeita de tráfico internacional. Os agentes da PF estão em endereços de Guarulhos e de São Paulo na segunda fase da Operação Colateral, que mira envolvidos no envio de cocaína para a Europa em malas de viajantes comum via Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Em março deste ano, duas brasileiras ficaram 38 dias presas injustamente em uma cadeia em Frankfurt, na Alemanha, depois que cocaína foi encontrada em malas que tinham os nomes das brasileiras, mas não eram delas. Conforme a PF, os traficantes retiram as etiquetas das malas regulares das vítimas e colocaram em outras com cocaína.
“A Polícia Federal comprovou essa troca de etiquetas e, através de outras diligências, demonstrou a inocência das brasileiras, que após o envio das provas às autoridades alemãs, foram soltas e retornaram ao Brasil. À época, a própria Polícia Federal do Aeroporto Internacional de Guarulhos identificou e prendeu os responsáveis que atuaram no aeroporto”, diz nota da PF.
O caso gerou grande repercussão e o aprofundamento das investigações levou a Polícia Federal no Aeroporto Internacional de Guarulhos a identificar os mandantes do crime, bem como outros integrantes da organização criminosa, que também teriam enviado cocaína em outras duas oportunidades, uma para Portugal, em outubro de 2022, e outra para a França, em março deste ano.
Os detalhes da operação serão repassados durante entrevista coletiva na Superintendência Regional da Polícia Federal, em São Paulo.