Vídeos com desinformação e fake news sobre RS prosperam no YouTube
Laboratório da UFRJ identificou que o YouTube ainda monetiza vídeos com informações falsas sobre mudanças climáticas e a tragédia no RS
O YouTube continua permitindo que canais lucrem com vídeos contendo desinformação e negacionismo sobre mudanças climáticas, segundo o NetLab, laboratório vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). E a “bola da vez” é a tragédia do Rio Grande do Sul.
Desinformação e fake news sobre RS no YouTube
- O NetLab, laboratório vinculado à UFRJ, identificou que o YouTube continua permitindo a monetização de vídeos que disseminam desinformação e fake news sobre mudanças climáticas. A “bola da vez” é a tragédia causada pelas enchentes no Rio Grande do Sul;
- Mesmo após o YouTube assinar um acordo, junto a outras empresas, para combater fake news, vídeos monetizados na plataforma distorcem fatos, como falas de autoridades e ações do governo, espalhando informações falsas sobre as enchentes no estado gaúcho;
- O NetLab destacou que ao menos oito vídeos monetizados sobre o tema acumulam mais de 2,3 milhões de visualizações desde o início de maio. Esses vídeos trazem, por exemplo, distorções de declarações da ministra Simone Tebet e informações falsas sobre a atuação do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul;
- Em nota ao jornal O Globo, o YouTube negou recomendar conteúdos desinformativos sobre mudanças climáticas. A plataforma afirmou que promove vídeos de fontes confiáveis e proíbe a monetização de conteúdos que tratam mudanças climáticas como mentira ou golpe.
O laboratório identificou que vídeos monetizados pela plataforma distorcem fatos e propagam informações falsas sobre a atuação do governo na tragédia no Rio Grande do Sul, além de outras questões relacionadas às enchentes.
Isso acontece mesmo após o YouTube assinar um acordo de cooperação, junto a outras plataformas, para combater fake news sobre as enchentes no estado gaúcho.
Vídeos espalham desinformação e fake news sobre tragédia no RS
O NetLab apontou que ao menos oito vídeos sobre este assunto, nos quais são exibidos anúncios vendidos pelo YouTube, somam mais de 2,3 milhões de visualizações desde o início de maio.
Um dos vídeos apontados pelo laboratório, por exemplo, distorce uma fala da ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB). O vídeo atribui à Tebet a fala de que o governo federal só mandaria recursos para o Rio Grande do Sul quando a água baixasse.
O que realmente aconteceu: em 7 de maio, a ministra disse que só daria para medir a extensão da tragédia no Rio Grande do Sul e calcular os gastos necessários para ajudar o estado “quando essa água baixar”.
Outro vídeo (este também monetizado) espalha que o Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul proíbe o uso dos seus jet skis nas regiões afetadas pelas enchentes. A corporação já desmentiu a afirmação.
O que diz o YouTube
Em nota ao jornal O Globo, o YouTube negou que recomenda ou evidencia conteúdo desinformativo sobre mudanças climáticas. A plataforma afirmou que “exibe vídeos de fontes confiáveis nos resultados de pesquisa”.
Além disso, o YouTube reforçou que proíbe a monetização de conteúdos que tratam as mudanças climáticas como mentira ou golpe.
Fato Novo com informações: Olhar Digital