O contexto que levou Neymar a ser o “dono do time” na seleção brasileira carrega consigo vários fatores. A sua habilidade como um dos maiores jogadores de sua geração explica a maior parte de seus feitos, mas também havia um vácuo de protagonismo que não foi preenchido por quem esperávamos que fossem os grandes craques da camisa amarelinha entre 2010 e 2014. Por razões diferentes, Ronaldinho Gaúcho, Adriano e Kaká já não eram mais os mesmos e a responsabilidade acabou caindo nos pés de Neymar.
Dentro de campo, ele mostrou estar à altura do papel que lhe cabia. Os números individuais de Neymar pelo Brasil são expressivos. Estamos falando de um dos maiores artilheiros da história da seleção – segundo a conta descontextualizada da FIFA, o maior. Mas o conjunto da obra dentro daquilo que importa, os feitos da equipe, deixa a desejar. O Ouro Olímpico de 2016, longe do âmbito do time principal, é o seu principal feito — maior até do que a Copa das Confederações de 2013, torneio que deixou até de ser disputado.
E seguirá sendo assim, ao menos até a Copa do Mundo de 2026. Sofrendo com mais uma de suas várias lesões, Neymar não entra em campo desde meados de outubro do ano passado. Longe também da elite do futebol mundial, ao ter deixado o PSG para vestir a camisa do Al Hilal na Arábia Saudita, o craque brasileiro continua a tônica de, propositalmente ou não, figurar muito mais nas editorias de fofocas do que nas páginas esportivas.
Fato Novo com informações: Goal.com