Associação pede embargo urgente de obras que podem causar danos ambientais irreversíveis em SP

Associação pede embargo urgente de obras que podem causar danos ambientais irreversíveis em SP

Na última quinta-feira (11), a Sociedade de Amigos da Barra do Sahy entrou na Justiça com pedido de embargo em caráter de urgência de obras que ameaçam rio e mangue da Barra do Sahy, em São Sebastião, no litoral de São Paulo.

De acordo com reportagem da Carta Capital, a principal preocupação é que as obras de desassoreamento do rio e construção de um molhe recém iniciadas pela Prefeitura de São Sebastião, causem danos ambientais irreversíveis para o rio, a praia, o manguezal e a fauna da região toda.

De um lado, os defensores da região que faz parte da Área de Proteção Ambiental Baleia Sahy, protestam contra o prejuízo que as obras podem causar para o meio ambiente. E, por outro, a prefeitura afirma que as obras devem aumentar a capacidade de escoamento das águas pluviais e reduzir riscos de inundações em áreas habitadas, entre elas a Vila Sahy e a Baleia Verde.

Apesar disso, ainda de acordo com o mesmo veículo de comunicação, a Sociedade questiona se também se a muralha construída não deve agravar a ocorrência de alagamentos na região, em vez de contribuir para evitá-los.

Vale citar que moradores da praia Boiçucanga afirmam que o molhe construído na região não evitou novos alagamento, mas aumento o número de marinas no rio, exigindo trabalhos de assoreamento (que é o acúmulo de terra, lixo e matéria orgânica no fundo de um rio).

As obras em questão, fazem parte de um conjunto de ações da gestão municipal de São Sebastião (SP) realizadas sem licitação sob a prerrogativa de “obras emergenciais” decorrente do desastre ambiental ocorrido no Carnaval de 2023, que terminou com a morte de 64 pessoas na comunidade.

Além da Sociedade de Amigos da Barra do Sahy, o Instituto de Conservação Costeira (ICC), parceiro da prefeitura e co-gestor da APA Baleia Sahy, foi a público na última quinta-feira e anunciou seu apoio à interrupção da obra do molhe enquanto estudos mais aprofundados não sejam realizados,

Após isso, a prefeitura respondeu ao ICC aceitando a suspensão temporária da construção do paredão de pedras. O valor declarado das obras no rio Sahy é de R$ 22,2 milhões.

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